terça-feira, 4 de agosto de 2009

EVOLUÇÃO DA ESCRITA ( Emília Ferreiro, Ana Teberosky )

Como as crianças escrevem sem ajuda escolar
apartir deresultados obtidos com crianças de 4 a 6 anos, foram definidos cinco níveis sucessivos.
NÍVEL 1
*Escrever é reproduzir os traços típicos da escrita que a criança identifica como a forma básica da mesma.
  • Pode ser de imorenssa ou cursiva.
  • No que diz respeito a interpretação da escrita neste nível, a intenção subjetiva do escritor conta mais que as diferenças objetivas no resultado." Cada um pode interpretar sua própria escrita, porém não as dos uotros" ( p.193 ).
  • O ato de desenhar cumpre uma certa função em rel~ção a escrita. O desenho pode ser utilizado como provedor de apoio a escrita, como que garantindo seu significado. ( p.200 ).
  • Nem todos os casos de modificação da orientação espacial dos caracteres devem sertratados como patológicos ( dislexia ou disgrafia ). Em alguns casos, essas inversões são voluntárias, e evidenciam um desejo de exploração ativa.

NÍVEL 2

Neste nível a uma proeminência marcante da escrita em maiúscula de imprensa sobre a cusiva

*proeminência em dois sentidos

sentido (1): A utilização da letra maiúscula de imprensa superam, no total da amostragem,as formas em cursiva, indicando assim a origem extra- escolar desteconhecimento;

sentido(2): Aqualidade da escrita é nitidamente superior em letra de imprensa do que em cursiva. A hipótese central deste nível é a seguinte:

  • Para poder ler coisas diferentes ( isto é, atribuir significados diferentes ), deve haver uma diferença objetiva nas escritas. ( p.202).
  • Permutas na ordem linear podem ser utilizadas com a intenção de expressar diferenças de significado,mantendo constante a quantidade e a exigência de variedade. (p.204).
  • Aaquisição de certas formas fixas está sujeita a contingências culturais e pessoais

Contingências culturais: porque uma família de CM oferece, com maior frequência, contextos para essa aprendizagem;

Contingências pessoais: porque as vezes, a presença de um irmão maior, que começa na escola de ensino fundamental,costuma serum fator de incitação compensador de outras incitações ausentes. (p.205).

NÍVEL3

Caracteriza-se pela tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem uma escrita, onde cada letra vale por uma sílaba. É o surgimento da hipótese silábica. (p.209). Quando a criança começa a trabalhar com a hipótese silábica, duas das caracteríticas importantes da escrita anterior podem desaparecer momentaneamente: as exigências de variedade e de quantidade mínima de caracteres. porém, uma vez já beminstalada a hipótese silábica, a exigência de variedade reaparece. (p.212).

NÍVEL4

  • Pssagem da hipotese silábica para a alfabética.
  • Oconflito entre a hipótese silábica e as formas do meioambiente se evidenciam com maior clareza no caso do nome próprio.

NÍVEL5

A escrita alfabética constitui o final da evolução do sistema de escrita, a partir deste nível, a criança se defrontará com as dificuldades próprias da ortografia, mas não terá problemas de escrita, nosentido estrito. (p.219).

Neste nível, geralmente a criança já não tem nenhuma dificuldade relativaas leis de composição do código alfabético; todas as suasdificuldades se centram nas grafiasque correspondem a vários valores sonoros ou inversamente, nas distintas grafias que correspondem aum mesmo valor sonoro.(p.220/221).

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